Política, do grego politikas, é a ciência e arte de governar povos. Politicagem, entretanto, é a habilidade de fazer política mesquinha e de interesse pessoal. A Bíblia não usa o termo, mas fala de política do começo ao fim. Na época de Abraão, Isaque e Jacó, o sistema de governo era Patriarcal. Os grandes clãs eram governados pelos respectivos patriarcas. Circunstâncias adversas, permitidas e dirigidas por Deus, levaram José à posição de Governador do Egito (Gn 45.4-8). No Êxodo e por toda a peregrinação de Israel no deserto, esse povo foi conduzido por Moisés; depois, durante a conquista da Palestina e por mais alguns anos, Josué foi o líder. Então, por mais trezentos e cinqüenta anos, Deus usou os Juízes, líderes carismáticos que faziam as guerras de Israel e julgavam as causas do povo. O sistema de governo era Teocrático — Deus governando o seu povo através dos seus líderes (Dt. 17.15). Samuel foi profeta e juiz. Ele conduziu Israel no período de transição entre a Teocracia (governo de Deus) e a Monarquia. Então vieram os reis Saul, Davi, Salomão, que determinaram à sorte política da nação e muitos outros. Pelo pecado do Israel, o Senhor usou a política imperialista da Assíria e da Babilônia para corrigi-los. No exílio, Daniel exerceu cargo de confiança na corte do rei Nabucodonosor, de Babilônia, e de Dario, da Pérsia. Depois do exílio, Neemias e Esdras fizeram política em Jerusalém, reconstruindo a cidade, combatendo os inimigos e empreendendo uma reforma religiosa.
Jesus nasceu no apogeu do império Romano, nos dias de Otávio Augusto. Deus usou a estabilidade política desse império, seu veículo de comunicação e a língua grega para depressa estabelecer a sua amada igreja e difundir o seu precioso Evangelho. Alguns judeus querendo colocar Jesus em dificuldade, lhe perguntaram se deviam ou não pagar tributos a César, o Imperador Romano. Jesus, mostrando-lhes a moeda romana, com a imagem de César, disse-lhes: “Daí a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Mc 12.17). Ali, Jesus ratifica, em forma definitiva, a separação da igreja e o Estado! Em outras palavras: reconheçam as circunstâncias políticas em que vocês estão inseridos e as obrigações que lhes são impostas. Cumpram seus deveres para com o Estado, e também os seus deveres para com Deus. Uma coisa não exclui outra”. Paulo pregou acatamento e obediência às autoridades constituídas. Disse que estas são “ministros de Deus” (Rm 13.1-6). Pedro ainda recomendou sujeição às instituições políticas: “quer seja ao rei, como soberano, quer às autoridades como enviadas por ele, tanto para castigo dos malfeitores, como para louvor dos que praticam o bem” (1 Pe 2.13-14).
Tudo isto é política, a vida é política, por isso precisamos orar e escolher bem!
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