sábado, 22 de janeiro de 2011

LIÇÃO 4

Lição 04 - O Poder irresistível da comunhão da igreja
Texto Bíblico: Atos 2.40-47


Introdução

I. A Comunhão dos Santos
II. A Comunhão Cristã Caracteriza-se Pela Unidade
III. Os Frutos da Comunhão Cristã

KOINONIA: A COMUNHÃO CRISTÃ NUMA DIMENSÃO TERRENA

Prezado professor, uma igreja local dividida não terá êxito em sua jornada terrena e jamais alcançará o objetivo de evangelização mundial. Você tem a oportunidade de desenvolver, nesse domingo, um assunto que foi determinante para o crescimento da Igreja Primitiva em Atos dos Apóstolos: A COMUNHÃO CRISTÃ.

A palavra Comunhão, de acordo com o texto bíblico no original, tem um sentido bem amplo. Proveniente do grego koinê, o termo remetente a essa palavra é KOINONIA. Este expressa os seguintes significados: “participação, quinhão; comunicação, auxílio, contribuição; sociedade, comunhão, intimidade, ‘cooperação’; (nos papiros, da relação conjugal)”1 . A ideia da palavra é expressar o vínculo perfeito de unidade fraternal dentro de uma comunidade específica cujas características essenciais são a cooperação e o relacionamento mútuo.

A Igreja de Cristo é a reunião de diversas pessoas (diferentes classes sociais, sexos e etnias). Estas formam numa determinada localidade ou espaço público - seja no bairro, no município, no Estado ou até mesmo no país - a “assembleia” visível [a comunidade do Altíssimo] e convocada por Deus para proclamar o Evangelho da salvação a toda criatura. Para atingir este alvo, a comunhão cristã tem um papel preponderante na divulgação das Boas Novas.

Através da koinonia, a Igreja Cristã denotará a relevância do Evangelho de Jesus Cristo a uma sociedade, cuja paz e a verdadeira dignidade humana são seu objeto de busca frequente.

A igreja local está estabelecida nessa sociedade. Aquela precisa ser relevante e autêntica no desenvolvimento de suas ações. Por isso a comunhão do Corpo de Cristo deve transparecer uma realidade visível de amor ao próximo entre os irmãos. Só assim que a sociedade sem Deus reconhecerá a graça acolhedora da igreja local e atentará para a proclamação do Evangelho de Cristo Jesus (At 2.46,47).

Lição 04 - Defensores da Fé
Texto Bíblico: 2 Timóteo 4.1-5



Quem são os Apologetas?

No início da Igreja cristã, houve um tipo de pressão que atingiu frontalmente a Igreja Antiga: a perseguição intelectual.

Quando a Igreja Primitiva (neotestamentária) perdeu seus primeiros líderes, tornou-se alvo de violentos, e sucessivos, ataques intelectuais. A perseguição agora, não era mais realizada por generais ou soldados do império romano, conforme vimos na aula passada. Porém, a nova perseguição apresentava ataques na esfera intelectual. Eles eram oriundos da nobreza, dos filósofos, dos políticos e outros contemporâneos da cultura greco-romana.

Para responder a esses ataques Deus levanta homens com habilidades filosóficas para defender o Evangelho. Eles são classificados por historiares eclesiásticos de “Apologistas”.1

O historiador James L. Garlow, aborda como surgiu os “Apologistas” e o objetivo destes ao refutar as formulações caluniosas contra o Evangelho:

[...] Deus levantou defensores da fé, um grupo de escritores prolíficos que ficaram conhecidos como “Apologistas”. [...] Embora todos os cristãos devessem ter capacidade para defender a sua fé ou responder aqueles que a questionassem ou desafiassem, usamos o termo “apologistas” para designar um grupo de escritores cristãos (originalmente gregos) que escreveram importantes defesas da fé nos primeiros séculos da Igreja. Algumas vezes, eles escreveram para os imperadores. Em geral, seu objetivo era influenciar a opinião pública em relação a Jesus e abrir a mente das pessoas, para que estas considerassem a possibilidade de se tornarem cristãs.2

Os principais apologistas da Igreja Antiga são Justino Mártir, Aristides, Tertuliano e Origenes. Estes foram, dentre muitos, os homens levantados por Deus para formularem uma Apologética (defesa da fé) coerente, relevante e com objetivo bem estabelecido: tornar a fé cristã compreensível para uma sociedade inundada de contradições religiosas.

Lição 04 - Quem manda em você?
Texto Bíblico: Romanos 6.1-14; Provérbios 19.8


PAIS RELACIONAIS

Prezado professor, o termo adolescência significa “meio criança” e “meio adulto”. Ela caracteriza-se por mudanças corporais e psicológicas na vida do jovem. Nessa faixa-etária o adolescente ainda não consolidou opiniões próprias e ainda precisa de auto-afirmação e de limites em suas atitudes e ações. Ele depende da orientação e afeto dos pais, pois precisam ter pessoas que lhes sirvam de referenciais.

A obra literária “Os dez mandamentos da criação dos filhos” do autor Ed Young, editado pela CPAD, deixa claro que os adolescentes estão em fase de adquirir sua própria identidade. Por isso através dessa busca de afirmação da sua identidade os adolescentes, frequentemente, parecem se afastar de seus pais.

Em Primeiro Lugar, ao buscar a identidade própria eles entendem que a sua identidade foi completamente definida pela família. Agora eles querem ser uma “pessoa com identidade própria”. Visto que os pais representam a família e o adolescente quer se afastar de uma identidade determinada pela unidade familiar. O filho se afastará de seus pais! Isso faz parte de seu crescimento. A boa notícia é que se os pais se aproximarem desse estágio com entendimento e habilidade, seu filho retornará para a família, considerando-a como seu ponto fundamental de identificação e origem.

Em segundo lugar, os adolescentes às vezes se afastam de seus pais porque a mãe e o pai representam a infância para o jovem. Quando procuram mudar para a sua própria identidade, os adolescentes também estão tentando avançar para a vida adulta.

Ed Young, ainda ressalta em sua obra, a importância de os pais serem do tipo “pais relacionais”: Pais relacionais cuidam o suficiente para disciplinar os filhos. Esses pais entendem a verdade disciplinar vital de que as regras sem relacionamento produzem rebelião. O amor verbalmente expresso sem dar tempo leva à raiva. Muitos filhos são rebeldes e raivosos porque são criados por pais que não são relacionais. (...) Os pais relacionais fazem exigências aos filhos, mas explicam os motivos por que as exigências estão sendo feitas. Esses pais levam em conta o diálogo, para que o filho seja capaz de expressar a sua opinião. Boa aula!

Lição 04 - O homem, máquina perfeita
Texto Bíblico: Gênesis 1.26; 2.7,21,22; Salmos 103.14-15


Caro professor da classe de pré-adolescente, a paz do Senhor! Nesta semana estudaremos a lição que tem como o título: “O homem, máquina perfeita.”

O nosso Pai é um Deus criador e criativo. No sexto dia da Criação ele fez os animais e criou o homem e a mulher (para cuidar da terra e andar com Deus). Quando o Eterno fez o ser humano, assegurou que ambos (homem e mulher) seriam conforme a imagem e semelhança do Criador. É óbvio que Deus não nos criou exatamente como Ele, porque Deus não possui corpo físico. Em vez disso, somos reflexos da sua glória. Fomos criados para refletir o seu caráter, amor, bondade, perdão e fidelidade. Além disso, o homem foi criado com um propósito bem definido: governar a terra, já que é dotado de grande inteligência.

Vejamos o que o Comentário Beacon fala a respeito do homem: 1)“ Um ser espiritual apto para a imortalidade; 2) Um ser moral que tem a semelhança de Deus; 3) Um ser intelectual com a capacidade da razão e de governo (G. B. Williamson).

Uma das marcas da imagem de Deus foi Ele ter dado ao homem o status e o poder de governante. O direito do homem dominar ressalta o fato de que Deus o equipou para agir como governante. A aptidão para governar implica em capacidade intelectual adequada para argumentar, organizar, planejar e avaliar. A aptidão para governar implica em capacidade emocional adequada para desejar o mais alto bem-estar dos súditos, apreciar e honrar o que é bom, verdadeiro e bonito, repugnar e repudiar o que é cruel, falso e feio, ter profunda preocupação pelo bem-estar de toda a natureza e amar a Deus que o criou. A aptidão para governar implica em capacidade volitiva adequada para escolher fazer a toda a hora o que é certo, obedecer ao mandamento de Deus indiscutivelmente e sem demora, entregar alegremente todos os poderes a Deus em adoração jovial e participar em uma comunhão saudável com a natureza e Deus.

Deus criou o homem para ser uma pessoa que tivesse autoconsciência, autodeterminação e santidade interior (Ec 7.29; Ef 4.24; Cl 3.10). A imagem foi distribuída sem distinção de macho e fêmea, tornando-se iguais diante Deus.

Lição 04 - Destruíram meus sonhos
Texto Bíblico: Gênesis 37.20-24


CRESCENDO NA GRAÇA E NO CONHECIMENTO

“Nos planaltos da Palestina central, os rebanhos se espalhavam em vasta extensão territorial para encontrar pastagem. Já fazia certo tempo que os filhos de Jacó tinham ido apascentar os rebanhos perto de Siquém, e ele desejava informações sobre o bem-estar dos filhos. Lembrou-se indubitavelmente do perigo de vingança devido ao ataque dos filhos ao povo da terra. Jacó enviou José em viagem a Siquém, que distava aproximadamente 96 quilômetros de Hebrom. De um homem amigável em Siquém, José descobriu que os rebanhos tinham ido a Dotã, cerca de 32 quilômetros mais ao noroeste.

Quando José apareceu no horizonte, os irmãos logo conspiraram contra ele. Tiveram intenção assassina, mas tramaram de forma que ninguém descobrisse o envolvimento deles. O álibi seria uma besta-fera o comeu. Esperavam anular a força preditiva dos sonhos de José. Mas um dos irmãos discordou. Rúben não apaoiaria plano para derramar sangue, e os persuadiu a prender o menino numa cova, ou cisterna, ali perto. Sua intenção era libertar José secretamente, para então voltar para o pai.” (Comentário Bíblico Beacon. CPAD. vol.1.p.107-108).

SAIBA MAIS

Práticas de Leitura / Escrita

1. Contra a imposição de livros, pelo gosto de ler!

Em nome de criar o hábito da leitura, as escolas têm gerado aversão pelos livros. No lugar do hábito de ler, então, propomos que se busque criar o gosto de ler. Por que a obrigatoriedade do livro único, com dia marcado para ler? Ler é um prazer e não se pode obrigar ao prazer.

2. Livro certo para a idade certa? Livros adequados às séries escolares? Dia certo para terminar a leitura? Livro único para toda a turma? Por quê?

Contra o afã de normatizar, escolarizar e didatizar a leitura, pensamos: livros são objetos de cultura e como tais merecem ser descobertos, conhecidos, apreciados (ou não), discutidos, lidos. Por que aprisioná-los em classes, grades curriculares, idades, fases? Por que homogeneizar quando a pluralidade é o que caracteriza o ser humano e os processos humanos?

3. exercícios de interpretação — ou práticas de leitura?

Textos literários, poesias, letras de música submetidos a exercícios repetitivos onde crianças, adolescentes e adultos — todos submetidos a alunos — mais do que praticar a leitura, que é sempre e necessariamente interpretação, buscam um suposto sentido único que teria o texto! E quem define que sentido único é o correto? Com freqüência nem o professor, também este submetido a manuais que ditam o ler, como entender, preencher lacunas, completar frases, numerar colunas, sublinhar, marcar, blábláblá e blá.

4. Textos escritos para serem lidos ou para serem corrigidos?

Os professores têm sido leitores dos textos de seus alunos? E os outros parceiros da turma: lêem os textos dos colegas? Ou os textos são objeto de uma sádica busca de erros de ortografia, concordância ou regência, ficando a tarefa do professor resumida a assinalar-apontar-marcar erros? Se se quer ensinar regras, que se proponha atividades específicas para essa finalidade! Por que invadir a produção textual tornando-a lugar de martírio? Não será a procura do eros da leitura e da escrita bem melhor que a caça aos erros?

(Sonia Kramer, 1995, p.156-157)

Lição 04 - É tempo de sorrir!
Texto Bíblico: Gênesis 21.1-8


CRESCENDO NA GRAÇA E NO CONHECIMENTO

“A mensagem que Sara teria um filho foi cumprida no tempo certo. Sob todos os aspectos, entendia-se como ato incomum de poder criativo divino, porque ambos os pais já tinham passado da idade de gerar filhos. A criança nasceu e foi chamada Isaque, de acordo com a ordem do Senhor em reconhecimento que ambos os pais tinham rido do que parecia impossível. A primeira risada brotou a incredulidade, mas agora Sara riu por causa da alegria de uma impossibilidade realizada. Deus cumpriu sua palavra. Ele tinha o poder de produzir vida sempre que quisesse, a despeito das circunstâncias naturais.

Nada é dito com respeito ao desmame de Isaque, mas às vezes este acontecimento era adiado até a criança ter três anos. A ocasião era comemorada com um banquete, costume que ainda é comumente observado no Oriente Próximo.” (Comentário Bíblico Beacon. CPAD. vol.1.p.70).

SAIBA MAIS...

Práticas de Leitura / Escrita

1. Contra a imposição de livros, pelo gosto de ler!

Em nome de criar o hábito da leitura, as escolas têm gerado aversão pelos livros. No lugar do hábito de ler, então, propomos que se busque criar o gosto de ler. Por que a obrigatoriedade do livro único, com dia marcado para ler? Ler é um prazer e não se pode obrigar ao prazer.

2. Livro certo para a idade certa? Livros adequados às séries escolares? Dia certo para terminar a leitura? Livro único para toda a turma? Por quê?

Contra o afã de normatizar, escolarizar e didatizar a leitura, pensamos: livros são objetos de cultura e como tais merecem ser descobertos, conhecidos, apreciados (ou não), discutidos, lidos. Por que aprisioná-los em classes, grades curriculares, idades, fases? Por que homogeneizar quando a pluralidade é o que caracteriza o ser humano e os processos humanos?

3. exercícios de interpretação — ou práticas de leitura?

Textos literários, poesias, letras de música submetidos a exercícios repetitivos onde crianças, adolescentes e adultos — todos submetidos a alunos — mais do que praticar a leitura, que é sempre e necessariamente interpretação, buscam um suposto sentido único que teria o texto! E quem define que sentido único é o correto? Com freqüência nem o professor, também este submetido a manuais que ditam o ler, como entender, preencher lacunas, completar frases, numerar colunas, sublinhar, marcar, blábláblá e blá.

4. Textos escritos para serem lidos ou para serem corrigidos?

Os professores têm sido leitores dos textos de seus alunos? E os outros parceiros da turma: lêem os textos dos colegas? Ou os textos são objeto de uma sádica busca de erros de ortografia, concordância ou regência, ficando a tarefa do professor resumida a assinalar-apontar-marcar erros? Se se quer ensinar regras, que se proponha atividades específicas para essa finalidade! Por que invadir a produção textual tornando-a lugar de martírio? Não será a procura do eros da leitura e da escrita bem melhor que a caça aos erros?

Lição 04 - Deus me protege
Leitura Bíblica Daniel 6.1- 23


I. De professor para professor

Prezado professor, neste domingo o objetivo da lição é que a criança compreenda que Deus nos protege.

• É importante fazer uma recapitulação da aula anterior. Pergunte qual foi a palavra-chave estudada e qual o versículo aprendido.

• A palavra-chave da aula de hoje é “PROTEÇÃO”. Durante o decorrer da aula diga: “Deus ama e protege o.... (nome do aluno).”

II. Saiba Mais

• Professor, aprendemos por intermédio do texto bíblico que Deus nos protege. Se experimentamos dificuldades, não devemos concluir que perdemos a proteção de Deus. Ela tem propósitos mais amplos que evitar a dor; serve, por exemplo, para nos tornar servos melhores para o Senhor. Deus também nos protege quando nos guia em circunstâncias dolorosas, não somente quando nos ajuda a escapar delas.

• Um exemplo da sabedoria de Daniel é o modo como sustentava as suas convicções. Ele não cedia à pressão. Seus hábitos e suas convicções vinham da Palavra de Deus, e agradar ao Eterno era mais importante para Daniel do que agradar a qualquer outra pessoa. De onde se originam os seus hábitos? O que acontece às suas convicções quando você está sob pressão?

As convicções de Daniel não eram apenas crenças; elas se refletiam em todas as áreas de sua vida. Por exemplo, ele se alimentava de forma moderada e vivia uma vida de oração. Sua posição lhe dava todos os privilégios para comer o que desejasse na mesa do rei, mas Daniel optou por um cardápio mais simples e provou que esta era uma escolha saudável. Nossos hábitos alimentares são uma boa indicação do modo como estamos controlando os nossos apetites. Além disso, Daniel não se contaminou com uma comida sacrificada a ídolos.

Daniel diminuiu a quantidade de comida e, ao mesmo tempo, passou a orar mais. Ele se sentia bem e confortável ao falar com Deus, porque o fazia constantemente. Nem mesmo os leões puderam intervir em seu hábito de orar. Note, entretanto, que nem sempre a oração nos afasta da “cova dos leões”. A oração nos aproxima de Deus, mesmo que estejamos dentro da “cova dos leões”! Faça da oração uma parte integrante de sua vida cotidiana. Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.

III. Conversando com o professor

Professor, é importante que você conte algum testemunho de livramento que o Senhor lhe deu.

Destaque a proteção do Senhor, mas deixe claro que podemos sofrer situações difíceis e até piores do que as pessoas que não temem a Deus, no entanto, não podemos deixar de confiar nEle.

Explique que demonstrar confiança no Senhor não é cometer coisas que coloquem em risco nossa vida, pois isto não é correto. Daniel foi para a cova, mas, com certeza, não passou a noite insultando os leões.

IV. Os Estágios do Desenvolvimento Arte

É de extrema importância para os professores conhecer os estágios pelo qual a criança passa, durante o desenvolvimento de sua habilidade artística. É essencial ter este conhecimento, se quisermos guiá-las, fazendo o melhor uso das atividades artísticas no ensino da Bíblia. De nada adiante dizer: “Faça um desenho sobre a história hoje”, se a criança, no seu desenvolvimento, não estiver no estágio da representação, da figura. Temos a seguir uma descrição dos principais estágios.

Estágio da Manipulação. Este estágio se inicia nos primeiros contatos com quaisquer materiais artísticos. A criança experimenta a arte através da manipulação de gizes de cera, pintura, argila ou outros materiais. No início, esta manipulação é ao acaso. Faz rabiscos com o giz de cera apenas para testá-lo. Mais tarde, seus riscos são mais controlados e passam a ter um propósito. Desenha com um certo ritmo e tenta fazer diferentes riscos – contínuo, mais forte, circular e assim por diante.

Neste estágio, a criança sente-se feliz ao trabalhar. Desde que já tenha se acostumado à classe do jardim de infância, normalmente é muito social. Ri e conversa com os outros. Manipula a argila e risca as folhas dos colegas, sem ressentimentos quando fazem o mesmo com seus trabalhos.

Na primeira vez que usa um pincel, tende a utilizá-lo como se fosse um lápis, desenhando linhas, em vez de colorir áreas. Com o tempo, suas experimentações o levam a produzir áreas coloridas, por vezes contornadas por uma outra cor. Algumas crianças descobrem rapidamente os efeitos que se pode obter com os pincéis, como pontilhar e salpicar. Começam a repetir e praticar as diversas formas que já conseguiram desenhar.

Durante os primeiros estágios, seus trabalhos não têm um tema ou título, mas um dia, percebe um rosto no círculo que desenhou. Adiciona dois olhos e diz: “É um homem” ou “Sou eu”. As maiorias das formas desenhadas se parecem com quadrados, então, pode dizer: “É uma janela”. Às vezes, o título do trabalho se baseia mais no movimento do que na forma. A criança arrasta o giz de cera, fazendo um desenho em espiral diz: “Zoom, zoom”. É um avião girando no ar. Ou, encosta o pincel no papel ligeiramente, várias vezes, e diz que é um menino andando. Se não estivéssemos presente, poderíamos ficar curiosos para saber a relação entre o desenho e seu título.

Com materiais tridimensionais, o progresso é o mesmo. Por exemplo, com a argila, inicialmente, a criança apenas a esmaga entre seus dedos. Mais tarde, adquire maior controle dos seus movimentos, formando bolas e rolinhos. Com os blocos, a princípio, os empilha sem nenhuma ordem, para derrubá-los em seguida. Depois, aprende a colocar os blocos maiores na base, e faz outros tipos de arrumação ordenadamente.

Qualquer que seja o material, o estágio inicial será sempre o da manipulação, que se subdivide em três fases:

1.Manipulação ao acaso.

2.Manipulação controlada.

3.Manipulação planejada ou nomeada.

BEECHICK, Ruth. Como Ensinar Crianças do Jardim. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

V. Sugestão

Como alguém que não vemos pode nos proteger? Talvez seus alunos tenham dificuldade com isso, ajude-os a entender como isso é possível ficando perto deles e fazendo-os fechar os olhos. Fique quieta por um momento. Depois, pergunte: “Eu ainda estava aqui quando seus olhos estavam fechados? Como você sabe disso?” Em seguida, explique: “É a mesma coisa com Deus. Mesmo que você não o veja, sabe em seu coração que Ele está aqui. Sabe que Ele nunca o abandona, porque a Bíblia diz que Ele está sempre com você o protegendo”.

Lição 04 - Deus criou as flores
I. Leitura Bíblica Gênesis 1.9-13


II. De professor para professor

Prezado professor, o objetivo da lição deste domingo é ensinar que Deus criou as flores.

• Faça uma recapitulação da aula anterior. Pergunte qual foi a palavra-chave estudada e qual o versículo aprendido.

• A palavra-chave da aula de hoje é “FLOR”. Durante o decorrer da aula, diga às crianças que o Papai do Céu criou as flores para perfumar e enfeitar o mundo.

II. Texto bíblico

O Maravilhoso Mundo de Deus

História bíblica extraída de Gênesis 1.6-13

Deus criou o mundo inteiro. Criou a luz e nos deu o dia e a noite. Deus fez o céu que está acima de nós e a água que está embaixo.

Deus disse:

— Que a água esteja concentrada num só lugar, e que haja terra seca.

E assim se fez.

E Deus gostou do que havia feito.

Mas ainda não tinha terminado. Deus criou a grama, as plantas e as árvores. Tudo começou a crescer. A grama, as plantas e as árvores produziram sementes. As sementes brotaram, fazendo nascer mais grama, mais plantas e mais árvores.

Deus olhou para o mundo e gostou dele!

As Crianças Descobrem a Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.

III. Para Refletir

Devemos questionar por que incluímos trabalhos manuais nos programas para o maternal das igrejas e refletir sobre a resposta para esta pergunta. Muitas vezes, os trabalhos manuais são justificados pela máxima que diz que “as crianças aprendem fazendo”. Ou por outra que afirma que “depois de ouvirem a lição, as crianças precisam aplicá-la”. Tais afirmações contêm um pouco de verdade, porém, não justificam adequadamente o uso dos trabalhos manuais – trabalhos de arte.

Numa lição sobre Samuel, existem diversas formas de fazer com que a criança “faça” a lição. Podem dramatizar como Samuel ajudava, e também como ajudar em suas casas ou na sala de aula. Cantar corinhos, conversar ou observar gravuras sobre como ajudar. Realizar jogos que reforcem esta idéia ou fazer planos de como ajudar numa situação específica. Em comparação a algumas das atividades descritas acima, colorir um desenho de Samuel ajudando no templo deixa de ser a melhor opção. Não se aproxima de “fazer” a lição e está muito distante de “aplicar” a lição.

Não obstante, existem outros meios de se justificar o colorir um desenho sobre Samuel. Alguns dos valores das próprias figuras, como discutido no capítulo dois, se aplicam aqui. Não importa se a figura foi pintada com giz de cera ou com tinta, ou montada com tecido colado na sua roupa. Os resultados não virão somente durante a aula, enquanto professor e alunos trabalham ou conversam sobre o desenho. Ao chegar em casa, a criança e os pais podem falar sobre o desenho novamente. Esta característica de levar o trabalho realizado para casa é o maior valor dos trabalhos manuais relacionados à lição para muitos professores.

Além do desenho ou de outro produto dos trabalhos manuais, ainda existem outros valores que advêm do processo de realização da tarefa. Provavelmente, tais valores têm um efeito maior nas crianças, alcançando resultados maiores. As experiências artísticas fornecem à criança oportunidades de explorar, experimentar e expressar idéias sobre si mesma e sobre o mundo ao seu redor. Expressar sentimentos e aprender a lidar com eles – sentimentos que freqüentemente não é capaz de manejar com palavras, em virtude do seu vocabulário limitado. A arte fortalece a habilidade infantil de observar e imaginar as pessoas e o mundo que a cerca. Aumenta sua sensibilidade em relação aos outros. A arte envolve assumir a responsabilidade de escolher, mesmo que seja somente a cor a ser usada. Melhor ainda se forem os materiais que vai utilizar. Então, deve fazer algo com suas escolhas, exercitando julgamento e controle. A criança vivencia experiências de sucesso que a auxiliam na construção de um bom conceito de si mesma.

Quando as crianças trabalham juntas, manifesta-se também o crescimento social. A criança percebe melhor os outros ao trabalhar em conjunto, tornando-se mais sensíveis às opiniões, necessidades e propriedades do seu próximo. Ao inventar novas maneiras de usar os materiais e tentar novas formas e métodos, a criança cresce intelectualmente. Quando quer conversar sobre seus trabalhos, encontra a necessidade de aprender novas palavras. Há desenvolvimento físico no desenvolvimento do controle muscular, da coordenação motora, da coordenação motora fina (mãos e dedos) e da neurológica. E também existe crescimento nas próprias habilidades artísticas, que, por sua vez, contribuem individualmente para a auto-estima da criança.

Muitos são os valores dos trabalhos manuais, que não se limitam aos projetos com folhas de papel geralmente identificados como trabalhos manuais para as classes de maternal. O mesmo pode ser dito a respeito da brincadeira na caixa de areia, dos blocos e de outras atividades. Possivelmente, o uso mais freqüente dos trabalhos manuais com papel se deve ao fato de facilmente serem planejados numa correlação com a lição. Este valor tem recebido uma prioridade maior nos programas das igrejas do que os outros.

Uma outra razão que justifica os trabalhos manuais nas turmas de maternal é a dificuldade de manter um programa de aprendizagem verbal por mais de uma hora. Em grupos de idade mais avançada, o professor pode utilizar mais e mais palavras e também idéias que se relacionam a elas. Contudo, com crianças mais novas, isto não é fácil. Uma das tarefas desta faixa etária é a aquisição de palavras. Depois que as histórias, jogos e versinhos cumprem seu papel, o professor retorna ao trabalho manual para encerrar a atividade com um outro tipo de aprendizagem.

Embora os trabalhos manuais não sejam essenciais em todas as aulas, existem muitos motivos para que assumam um lugar de destaque nos nossos programas de educação cristã.

BEECHICK, Ruth. Como Ensinar Crianças do Maternal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

IV. Sugestões

As crianças do maternal podem aprender a utilizar o giz de cera com moldes. Para reforçar o ensino da lição, prenda silhuetas de flores com cartolina na mesa. A criança aprende a colocar a folha sobre o molde, esfregando nela o giz de cera. Como esta não é uma atividade comumente realizada em casa, talvez seja necessário repetir o projeto três ou quatro vezes, para que a criança adquira habilidade suficiente para realizar a tarefa sozinha.

Durante a atividade diga que Deus é bom. Ele criou as flores para enfeitar e perfumar o mundo, tornando-o mais bonito.

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