sexta-feira, 1 de outubro de 2010

1 LIÇÃO

Jovens e adultos:

Lição 01 - O Poder e o Ministério da Oração

Leitura Bíblica: 1 Crônicas 16.8.10-17,28; Jo.15.16
 

Introdução

I. A Quem orar e quando orar?
II. Como orar?
III. Onde orar e por quem orar?

O Poder e o Ministério da Oração


O relacionamento do cristão com Deus


Entre os anos de 2004 e 2005, durante as terças-feiras dos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, o pastor Pedro de Santana, líder da Assembleia de Deus em Goioerê, estado do Paraná, encarregou-me de ministrar os estudos bíblicos à igreja. A temática daquele período acabou servindo como sugestão do título da revista Lições Bíblicas desse último trimestre do ano, comentada pelo pastor Eliezer de Lira e Silva, da Assembleia de Deus em Curitiba.

Recordo-me que aqueles dias foram responsáveis pelo levantamento de muitas dúvidas que dezenas de membros da igreja — incluindo eu mesmo — tínhamos acerca do assunto. A despeito de ser uma prática milenar e de constituir-se como um dos grandes assuntos da espiritualidade, havendo, justamente por isso, centenas de livros sobre a oração, é natural que dúvidas inusitadas ou assuntos recorrentes surjam. Velhas questões, muitas delas nunca satisfatoriamente respondidas, certamente ainda ocuparão as páginas de obras, inspirarão temas de pregações e estudos e pode ser que elas nos acompanhem até atravessarmos os umbrais da eternidade. Isso obviamente não significa que devemos parar de refletir acerca do assunto, antes, é um convite a que nos debrucemos a respeito do tema, a fim de não reproduzirmos as histerias coletivas que ultimamente tem acontecido por aí.

Coincidência, ou não, há poucos minutos li uma reportagem do jornal carioca O Globo, dizendo que duas clínicas de recuperação para dependentes químicos foram fechadas no interior do estado de São Paulo. O motivo? A única “terapia” utilizada para a “cura” dos drogados era a oração. Não tenho como avaliar o caso, pois precisaria de mais elementos, entretanto, de início, entendo que seja qual for a orientação religiosa, nenhuma clínica pode sentir-se autossuficiente e dispensar os serviços de assistência social, psicológica e médica, com a desculpa que é possível recuperar as pessoas apenas com o “trabalho espiritual”. Tal fato aponta para os equívocos que existem a respeito da oração.


Perspectivas acerca da oração


Um dos nossos grandes erros é achar que conhecemos “muito” (alguns menos lúcidos acham até que sabem “tudo”!) de um assunto, simplesmente por ele ser algo que faz parte do nosso cotidiano. É preciso que quem leciona ou prega, tenha coragem de, tanto quanto possível, pensar coisas simples e comuns de formas, digamos, não muito convencionais e não óbvias. Essa atitude, inevitavelmente, obriga-nos a enxergar dimensões inexploradas acerca de um tema conhecido. Devo adiantar, por exemplo, que não serão consideradas, nesse texto, as chamadas orações multirreligiosas, inter-religiosas, extáticas, verbais, meditativas e contemplativas, mas apenas alguns aspectos de duas delas. Contudo, esse elenco oferece a oportunidade de se vislumbrar o quanto há ainda do tema a ser explorado.


Uma de minhas reflexões preferidas é imaginar quão distinta é a perspectiva divina da oração em relação ao que nós achamos dela. Para grande parte dos cristãos, influenciada pelo pragmatismo, a oração parece ser uma ferramenta ou uma técnica capaz de fazer com que Deus obedeça as nossas ordens ou desejos egoístas. Não acredito em nenhuma “teoria infalível” que pretenda ser uma “receita de bolo” para ensinar os cristãos a “saquearem o céu”. Esse tipo de incentivo ao que pretende ser “oração”, se parece mais com egoísmo, existencialismo ou qualquer outra postura filosófica desse ou de qualquer outro tempo, mas nada tem com o que as Escrituras apresentam (se não de maneira normativa, ao menos, descritiva), em termos de relacionamento com o Eterno — algo que, para mim, define a essência do ato de orar.


O entendimento corrente que reduz a oração ao mero ato de pedir, torna-se inviável diante da atitude de Jesus Cristo para com ela. Várias passagens dos Evangelhos informam que o Senhor retirava-se para orar (Mt 14.23; 26.36,39,44; Mc 6.46; Lc 6.12; 9.28). A despeito das discussões acerca da kenosis, o Senhor não deixou de ser Deus por encarnar-se, mas optou momentaneamente pelo estado de limitação humana, autoprivando-se da imunidade, e sendo vulnerável a todas as demais limitações comuns aos mortais. Ao refletir sobre a inegável verdade de que Jesus Cristo é Deus, nunca ouvi ou li, alguém pensando sobre a questão de o porquê de Ele orar! Se Cristo era e é Deus, existe necessidade de Deus orar? Rapidamente alguém responderá que na condição humana Ele precisava de Deus. Bem isso desconstruiria a verdade de que Ele apenas esvaziou-se, mas não deixou de ser Deus. A grande lição é que, como já disse, a perspectiva divina de oração é diametralmente oposta à nossa. Refletir acerca desse exemplo por parte do nosso Salvador destrói qualquer postura utilitarista a respeito da oração. Jesus Cristo não precisava orar, mas assim procedia pelo fato de que relacionar-se com o Pai é algo da própria natureza de sua divindade.


As motivações que nos levam a orar


Certa vez, um irmão contou-me que comprou um caderno e nele anotava cada minuto dedicado à oração. Em lágrimas ele revelou-me que um dia, ao terminar de orar, antes de fazer a sua anotação, o Senhor Deus disse-lhe, de forma audível, que não estava se agradando de sua postura, e que todas aquelas horas empregadas em “oração” não tinham valor algum, pois serviram apenas para o seu engrandecimento pessoal. Tal foi a surpresa daquele irmão que orgulhava-se das inúmeras horas que contabilizara! Conheço pessoas que sentem prazer em mostrar os seus joelhos “calejados de oração”. Tais demonstrações, na realidade, apontam para os graves e profundos erros que existem em torno de uma das práticas mais comuns do cristianismo. Acerca do assunto, escreve A. W. Tozer, que ao “orarmos, deveríamos avaliar quem está agindo: o desejo do nosso coração ou o Espírito Santo”. Sua conclusão caminha no sentido de que, se a “oração tem sua origem no Espírito, então a luta espiritual pode ser bela e maravilhosa; mas, se somos vítimas de desejos alimentados em nosso coração, a nossa oração pode tornar-se tão carnal quanto qualquer outro ato”.1


Isso significa que propósitos egoístas podem estar escondidos sob uma aparente piedade ritualística. Uma voz melancólica, chorosa e que parece mais teatral que espontânea, longe de evidenciar um perfil piedoso, revela a perspectiva enganosa de alguns em relação a Deus. Não são a mera aparência ou a posição física, a tonalidade ou o timbre da voz, as palavras ou as expressões faciais que levam a oração a ser aceitável diante do Senhor, mas a disposição do coração, as intenções e a motivação com que nos dirigimos a Ele.


Ainda no tocante às nossas motivações para orar, N. T. Wright afirma que quando “nos detemos diante de algumas impressionantes promessas do Novo Testamento (‘Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito’ [Jo 15.7]), descobrimos que elas estão equilibradas por um estranho fenômeno”. A surpresa vem com a revelação que o autor faz na sequência, dizendo que quando “reivindicamos ousadamente essas promessas, descobrimos que, se formos sinceros, nossos desejos e esperanças serão suavemente, porém firmemente remodelados, separados e colocados novamente em ordem”.2 Em outras palavras, nossas prioridades terão sido colocadas de cabeça para baixo e, como na Oração do Pai-Nosso (Mt 6.9-13), em vez de petições meramente temporais e transitórias, certamente, desejaremos o Reino de Deus, a santificação do Nome do Senhor, a vontade soberana e benfazeja dEle, e somente nos lembraremos de nós mesmos em último lugar.  


Orações verbais e “silenciosas”


Se fôssemos falar sobre o conteúdo, orações “cristãs” que se parecem mais com o que é praticado no paganismo, “onde”, segundo N. T. Wright, “o ser humano tenta invocar, apaziguar, adular ou subornar o deus do mar, o deus da guerra, o deus do rio ou o deus do casamento para obter favores especiais ou evitar perigos específicos”3, talvez façam qualquer coisa, menos glorificar ao Senhor. Obviamente que isso não quer dizer que não se pode pedir algo que desejamos ou suplicar socorro em momentos de apreensão. Todavia, imaginar Deus como um ser alheio às nossas motivações (algo que, tudo indica, pesa mais que as palavras, os gestos e a posição física), diminui-lhe a divindade, pois faz com que um de seus principais atributos seja negado. “Dizemos”, como afirmou C. S. Lewis, “que Deus é onisciente; contudo, boa parte de nossas orações parece consistir em transmitir-lhe informação”.4


Ultimamente tenho aprendido que o nosso palavrório diante de Deus, “priva-o” de responder-nos e impede-nos de ouvi-lo. Como pentecostais, aprendemos que a “boa oração” é a mais barulhenta, altissonante e verborrágica, não obstante, após fazê-la, é possível que saiamos do ambiente ou que nos levantemos do lugar, muito mais orgulhosos que humildes, e mais cheios de si que do Espírito. Assim, reconsidero historicamente a importância do hesicasmo, não como movimento ou ordem monástica, mas como “prática do silêncio”. Alister McGrath afirma que o “tema do ‘silêncio’ pode estar relacionado ao tema apofático do mistério de Deus, isto é, ao reconhecimento de que a linguagem humana nunca será capaz de fazer jus a Deus”. Tal assunto aponta para a verdade, dita pelo mesmo autor, de que no lugar de “pronunciar clichês banais, a resposta certa ao confronto com toda a maravilha de Deus é o silêncio”. E isso por uma razão muito simples: “Estar em silêncio muitas vezes é condição prévia para a oração eficaz (que pode ser pensada como ‘ouvir Deus’)”. Esse “silêncio” não significa inércia ou frieza espiritual, pois antes de qualquer coisa, não se está discutindo o mero ato de quietude, de afastamento do convívio social, mas o distanciar-se de “todas as distrações para se concentrar em Deus”.5  


A oração como dever e como relacionamento


À guisa de conclusão, eu diria que a “prática do silêncio” colocada por McGrath, leva-nos a pensar o quanto os afazeres e o corre-corre das obrigações diárias, quando não priva-nos de orar, conseguem tirar a nossa concentração no momento de falar com Deus. Para C. S. Lewis o grande problema não está especificamente na falta de atenção, mas no que ele chama de “oração como dever”: “Ora, o que incomoda não é o simples fato de cumprirmos o dever de orar às pressas e de qualquer jeito. O que incomoda de verdade é o fato puro e simples de a oração ser contada entre os deveres”. Essa percepção, segundo Lewis, não indica que estamos fazendo algo para o que não fomos criados, antes, demonstra que se “fôssemos perfeitos, a oração não seria um dever, mas deleite”. Assim, as dificuldades enfrentadas no período da oração ou nos momentos que o antecedem, demonstram apenas que “justo as atividades para as quais fomos criados são, enquanto vivemos na Terra, impedidas de várias maneiras: pelo mau em nós mesmos e nos outros. Não praticá-las é abandonar nossa humanidade. Praticá-las com naturalidade e prazer ainda não é possível. Essa situação cria a categoria do dever, todo o reino do especificamente moral”.6   


Mas chegará o dia em que orar não mais será um dever, e tudo o que aqui vivemos em perspectiva, será efetivamente real (1Co 13.12), e a oração se transformará em relacionamento sólido e verdadeiro com Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Até lá, porém, devemos praticar o dever de orar, buscando sempre o auxílio do Espírito Santo — nosso real e verdadeiro Intercessor (Rm 8.26) — fazendo com que o antegozo daqui, supra-nos momentaneamente a necessidade que somente se satisfará plenamente quando lá estivermos.  



NOTAS   


1 TOZER, A. W. Este mundo: Lugar de Lazer ou Campo de Batalha? Descubra a verdadeira missão de um discípulo de Cristo. 2.ed. Rio de Janeiro: Danprewam, 2009, p.27.

2 WRIGHT, N. T. Simplesmente Cristão. Por que o cristianismo faz sentido. 1.ed. Viçosa: Ultimato, 2009, p.183.
3 Ibid., p.175.
4 LEWIS, C. S. Oração: Cartas a Malcolm. Reflexões sobre o diálogo íntimo entre o homem e Deus. 1.ed. São Paulo: Vida, 2009, p.25.
5 MCGRATH, Alister. Uma Introdução à Espiritualidade Cristã. 1.ed. São Paulo: Vida, 2008, pp.191-2.
6 LEWIS, C. S. Oração: Cartas a Malcolm. Reflexões sobre o diálogo íntimo entre o homem e Deus. 1.ed. São Paulo: Vida, 2009, pp.143-46.

César Moisés Carvalho
é pedagogo e chefe do Setor de Educação Cristã da CPAD.
 
Pré Adolescentes:
Lição 01 - A Igreja de Cristo

Texto Bíblico:Efésios 2.20-22; 2 Tessalonicenses 2.13,14

A história da Igreja começou na primavera do ano 30 d.C., durante uma das três principais celebrações judaicas: A Festa dos Pentecostes. Diz a Bíblia que, no Dia de Pentecostes, havia quase 120 discípulos de Jesus no Cenáculo (At 1.15), buscando a Deus com oração intercalada por louvores (At 1.13,14 e Lc 24.53).

O evento que Deus início à Igreja aconteceu cinquenta dias após a ressurreição de Jesus e dez dias depois de Ele subir aos céus. Esse evento foi previsto e prometido por Jesus, que ordenou aos seus discípulos que ficassem em Jerusalém “até que do alto fossem “revestidos de poder” (Lc 24.49). Esse poder é o que Jesus chamou também de “a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós”, e que tornou os discípulos de Cristo testemunhas poderosas da mensagem do Evangelho (At 1.8;4.31). Essa virtude ou dom também é chamada Batismo no Espírito Santo (Mt 3.11). A Igreja portanto nasceu debaixo da unção e do poder do Espírito Santo. A Igreja nasceu em Jerusalém. Suas primeiras sedes de reunião eram o  Cenáculo e o Pórtico de Salomão,no Templo em Jerusalém, antes deste ser destruído (sua  destruição ocorreu em 70 d.C.) e dos cristãos serem impedidos de cultuarem ali. Depois, os cristãos passaram a se reunir em suas próprias casas, devido a perseguição (At 1.13; 3.1;5.12;12.12).

Há cerca de 2 mil  anos, nasceu a Igreja, a comunidade de servos de Deus de todas as etnias e nações. Durante os séculos, ela tem atravessado momentos difíceis pontuados por avivamentos espirituais. Nossa oração dever ser para que Deus reavive a sua Igreja no Brasil e no mundo, como em seu início, para que nestes últimos momentos que antecedem a Vinda de Cristo, possamos ver milhões de vidas renderem-se ao Senhor.

Juniores:

Lição 01 - Missão Impossível

Texto Bíblico: Atos 1. 1-11

Professor explique aos alunos com bastante entusiasmo que o Livro de Atos tem de tudo – intervenção sobrenatural, milagres assombrosos, pregações poderosa, fugas de tiras de fôlego, viagens angustiantes, decisões de vida ou morte, dramas em julgamentos, resgates emocionantes, ação ministerial e aventura! Comente que o Livro de Atos prende  a atenção, desperta  a imaginação e que flora as emoções, pois ele é real.

Professor medite neste livro,lembre-se que:quando nós vimos os discípulos pela primeira vez, eles estavam fugindo apavorados e abandonando o seu Senhor (Mt 26.56). Fugindo, negando, desapontados e chorando, estes homens pareciam os candidatos menos prováveis para estar proclamando corajosamente o Evangelho. Ainda assim, foi isto o que aconteceu. Pedro, Tiago, João e os demais tinham sido transformados de covardes a corajosos, de pessoas que discutiam a oradores, de egoístas a abnegados. Depois a eles se uniu Paulo, que tinha sido milagrosamente transformado por Deus.

O que fez a diferença? O Livro de Atos revela a resposta profunda. Ao ler sobre o Espírito Santo, as dádivas, a perseguição, o poder, a dramática conversão de Paulo, e a rápida disseminação do Evangelho além de Jerusalém, e da Judeia até os confins da terra, procure ver-se nas histórias. Peça a Deus para transformar você no tipo de pessoa que Ele pode usar para mudar o seu mundo.

Primários:

 Lição 01 - Sirvo a um Deus fiel

Texto Bíblico: Êxodo 40.17-35; 1 Reis 8.1-14

Peritos em inteligência são como mestres em quebra-cabeça. Eles encaixam a informação como peças até que ela constitua uma figura correta. Raramente, porém as peças se encaixam perfeitamente. Quase sempre, grandes espaços permanecem. A maioria dos relatórios de inteligência dependem da forma sobre qual as peças da informação são colocadas. Para Calebe, essa forma era a fé em Deus; para os outros espias, ela era o medo dos Cananeus.

Calebe era um israelita do tipo “posso fazer”. Certamente, ele viu as cidades fortificadas, as armas e os números absolutos das forças opositoras. Mas a fé não significa     que sairemos e veremos o que Deus pode fazer?

Este era o segredo de Calebe: não a força dele, mas a de Deus. Poucas pessoas na história bíblica obtém  a afirmação que Calebe recebeu em Números 14.23: um espírito diferente, um seguidor de coração íntegro. Nós quase podemos ver Deus explodindo de orgulho sobre esse homem.

Você tem uma missão? E sua igreja? Ela é grande o suficiente para aumentar sua fé? Seus planejadores, levantadores de fundos e estrategistas concordam que a vontade humana sozinha não pode fazer isso acontecer? Tome a atitude de Calebe, tipo “posso fazer”, para com a sua igreja, sua casa e seu trabalho. Prepare-se para enfrentar os “realistas” que não têm fé. Prepare-se também para os retrocessos, atrasos e momentos de desencorajamento.  Confie em Deus para receber os milagres que você espera. Ajude outros a crescerem na fé ao longo do caminho.

Texto extraído do livro:
365 Lições de Vida Extraídas de personagens da Bíblia,p 61. CPAD

O Comentário de algumas lições não estavam disponíveis no site da editora!

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